Nove policiais são investigados por homicíidios, fraude ao DPVAT e acúmulo de cargos públicos

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Agentes também são alvos de processos administrativos por suspeitas de desaparecimento de munições e ameaças a colegas de trabalho.

A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD) abriu novas investigações administrativas contra 9 policiais e um auxiliar de perícia, suspeitos de cometerem crimes como homicídio, fraude ao seguro DPVAT e acúmulo de cargos públicos (policial militar e médico residente). As portarias foram publicadas no Diário Oficial do Estado (DOE) da última quarta-feira (31). Os nomes dos agentes de segurança não serão citados na matéria porque eles estão na condição de investigados e ainda não foram indiciados ou denunciados.

Um soldado da Polícia Militar do Ceará (PMCE) é suspeito de matar um homem, no bairro Alto do Jucá, no Município de Iguatu, no dia 22 de abril deste ano, e de pedir ajuda a outro soldado PM para esconder a autoria do crime.

A CGD também abriu um Processo Administrativo-Disciplinar (PAD) contra dois inspetores da Polícia Civil por suspeita de integrar uma organização criminosa especializada em fraude ao seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT).

Conforme investigações da Delegacia Regional de Itapipoca, os policiais civis – lotados na Delegacia Municipal de Amontada – registravam acidentes falsos e cobravam R$ 100 do Seguro, por cada Boletim de Ocorrência. O valor ainda era recolhido na Delegacia de Amontada, quando deveria ser pago na Unidade Regional, em Itapipoca.

Um Conselho de Disciplina aberto pela Controladoria tem como alvo um sargento da PMCE, que já era investigado em um Inquérito Policial Militar (IPM) por suspeita de desviar 33 munições, pertencentes ao 13º Batalhão de Polícia Militar, de Tauá – e de substitui-las por outras munições, compradas em uma loja de tiros. 

A portaria da CGD cita matéria do Diário do Nordeste, publicada em fevereiro último, que falava sobre o caso. O mesmo sargento foi preso em flagrante, na época, por suspeita de tráfico de drogas, o que é investigado em outro Conselho de Disciplina.

ACÚMULO DE CARGOS, INDISCIPLINA E AMEAÇA A COLEGAS

Outro sargento da Polícia Militar é suspeito de acumular o cargo público com a função de médico residente, no Ministério da Saúde. A Controladoria Geral de Disciplinou confirmou a duplicidade de cargos no Portal da Transparência do Governo Federal.

O policial militar estaria atendendo em hospitais de Pernambuco, Alagoas e Paraíba. E ainda seria sócio de três empresas de serviços médicos, inclusive prestando serviços para uma prefeitura da Paraíba.

Um segundo policial penal é suspeito de cometer indisciplina, no Curso de Aperfeiçoamento em Armamento e Tiro (CAAT), da SAP, em 30 de maio de 2022. O servidor não teria levado o material necessário para a aula, motivo pelo qual foi desligado do Curso.

E o último é suspeito de “faltas recorrentes e injustificadas” ao trabalho, entre junho e outubro de 2019 e junho e julho de 2020, segundo a portaria da CGD.

Por fim, um auxiliar de perícia é suspeito de adentrar “no seu local de trabalho, sala no necrotério da PEFOCE, aos gritos, proferindo diversas ofensas, na presença de colegas de trabalho, ameaçando-lhe inclusive de ceifar-lhe a vida, fato ocorrido no dia 30/01/2023”, narra a Controladoria.

Fonte: Diário do Nordeste (foto: Fabiane de Paula)

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