A extensão de áreas protegidas desmatadas mais do que dobrou em dois anos: em 2020, foram 889 hectares suprimidos; subindo para 2.027 ha em 2021. Já neste ano, só entre janeiro e março, o desmatamento atingiu mais de 155 hectares de unidades de conservação.
Os dados são do MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento com imagens de alta resolução de todo o território brasileiro, coletados pelo Diário do Nordeste nessa quarta-feira (30).
Da água ao ar, tudo de que o ser humano precisa depende da natureza – mas a relação dele com ela tem sido de degradação. No Ceará, em 2022, mais de 2,1 mil hectares (ha) de unidades de conservação (UCs) foram desmatados – uma área é equivalente a quase 2 mil campos de futebol padrão FIFA, que têm 1,08 ha cada.
A extensão de áreas protegidas desmatadas mais do que dobrou em dois anos: em 2020, foram 889 hectares suprimidos; subindo para 2.027 ha em 2021. Já neste ano, só entre janeiro e março, o desmatamento atingiu mais de 155 hectares de unidades de conservação.
Os dados são do MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento com imagens de alta resolução de todo o território brasileiro, coletados pelo Diário do Nordeste nessa quarta-feira (30).
As regiões mais afetadas, segundo a plataforma, são as fronteiras do Ceará com Pernambuco, onde fica a Área de Proteção Ambiental (APA) Chapada do Araripe; e com o Piauí, na APA Serra da Ibiapaba.
Entre 2020 e o ano passado, foram emitidos 800 alertas de desmatamento no Estado, concentrados nessas áreas de conservação. Do total, 427 foram registrados somente em 2022, conforme levantamento do MapBiomas.
Entre 2020 e o ano passado, foram emitidos 800 alertas de desmatamento no Estado, concentrados nessas áreas de conservação. Do total, 427 foram registrados somente em 2022, conforme levantamento do MapBiomas.
No ano passado, 99,7% de toda a área desmatada no Ceará – cerca de 2.151 hectares – não possuía autorização de órgão ambiental para a supressão da vegetação.
Esse cruzamento entre áreas com ou sem licenças emitidas também é realizado pelo MapBiomas, com base em dados de coordenadas geográficas da Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Estado do Ceará (Semace).
Fonte: Diário do Nordeste